Já se sabia que ia chegar, e aqui está ela: os professores universitários vão ser avaliados. Descontemos por um momento que as provas de APCC, as de doutoramento, e as da nomeação definitiva por que passei também foram momentos de avaliação. Esqueçamos o ter trabalhado 15 anos até atingir uma posição de (sei-o agora!) relativa estabilidade. Nunca tive medo de avaliações, e não é agora que vou passar a ter. Gosto delas justas, mas já passei por muitas que não o foram. Tenho até o palpite que estas também não vão ser, até porque estão a ser organizadas por professores universitários. Sim, os mesmos que fizeram a transição para Bolonha, lembram-se? Pois.
Vou ir deixando por aqui umas notas sobre o assunto, que é para isto que este blogue serve.
Li com atenção e respeito os dois artigos publicados por
Paulo Ferreira da Cunha no último número da revista do SNESup, um dos quais está também publicado no site:
Pensada Lei, Pensada Malícia - A propósito das avaliações universitárias em preparação:
Avaliar é muito importante, porque seria uma forma de introduzir mais justiça na Universidade. Mas só se for mesmo para introduzir justiça. E, como dizia Santo Agostinho, só é possível haver justiça com pessoas justas. Tememos que a nossa sociedade e a nossa Universidade, cada vez mais egoístas e competitivas, cada vez mais amorais, não tenham ainda aprendido o necessário distanciamento e imparcialidade.
O outro artigo é mais concreto, mas igualmente au point. Vou ver se o encontro por aí.