Já aqui fiz referência a uma taxonomia dos objectivos educacionais, que sumariza um esforço notável de actualização do trabalho de Benjamin Bloom nos anos 50.
As minhas leituras levaram-me agora ao trabalho de L. Dee Fink, concretamente ao seu livro "Creating significant learning experiences". A perspectiva deste autor é enriquecedora em múltiplos aspectos, dos quais o principal é representar a extensão lógica das alterações pedagógicas que se discutem actualmente no ensino superior: qual é afinal o papel do professor, se deixou de ser o da mera transmissão de conhecimentos? Se os conhecimentos estão nos livros ou na internet, o professor deixa de ser necessário? A resposta de Dee Fink é que o professor fica, na nova concepção, liberto das suas funções mais mecânicas e disponível para a sua principal responsabilidade: a formação dos estudantes enquanto pessoas e profissionais. O professor passa a ser um desenhador de experiências educacionais.
Dee Fink fala de "experiências de aprendizagem significativas", definindo critérios de qualidade com base em
- desafio aos estudantes para tipos de aprendizagem significativos;
- utilização de formas de aprendizagem activas;
- professores que se preocupam- com o assunto, com os estudantes e com o processo de ensino/aprendizagem;
- professores que interagem bem com os estudantes;
- um bom sistema de feedback, avaliação e classificação.