Por causa de processos de equivalência de alunos Erasmus solicitei aos serviços académicos informação sobre as classificações finais de todas as disciplinas de um dado curso nos últimos três anos. A distribuição de frequência das 5212 classificações é essa aí à esquerda.
Fiquei surpreendido. A minha estatística está um bocado enferrujada, mas tratando-se de tantos estudantes e de tantas disciplinas diferentes, estaria, pelo teorema do limite central, à espera de uma distribuição normal.
Depois olhei melhor e reparei que esta pode ser uma distribuição normal: se a média estiver no 10 ou para trás dele.
Fiquei a pensar nas causas desta distribuição. Se a média estivesse, por exemplo, no 13 ou no 14 e se estendesse para trás até ao 6 ou 7, e os alunos reprovados acabassem depois por passar com 10 ou 11, poderia resultar uma distribuição parecida, mas ainda se reconheceriam duas modas. A bimodalidade só desapareceria se a média original fosse próxima desses valores.
O que se passa num curso em que metade das classificações é de 12 ou inferior? De quem é a culpa de mais de 60% das classificações não chegarem sequer ao Bom (14)?
domingo, novembro 11, 2007
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2 comentários:
Muita festa e pouco estudo... São raras as pessoas, pelo menos as que conheço, que tiram o devido rendimento escolar nessas incursões fora do país. O programa Eramus é uma verdadeira ida para férias.
Estas classificações não são de Erasmus, Ricardo, mas sim dos alunos regulares.
Eu sou um grande apoiante do programa Eramus, por muitas razões, a principal sendo a de proporcionar a oportunidade de estudar num país estrangeiro. Mesmo que o dito "sucesso escolar" diminua, isso é compensado pelo enriquecimento pessoal a muitos níveis.
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