A fábula de que um professor universitário tem que ser também um investigador está a acabar, pelo menos no Reino Unido. E ainda bem! Com o nosso atraso, esta onda chegará cá daqui a 10 anos. E pode ser que o Mariano Gago da altura se lembre então de rever o ECDU. Pode ser. Mas vou esperar sentado...
Mete-se pelos olhos dentro a falsidade da ligação entre a qualidade da investigação e a do ensino. Pois não há bastos exemplos de excelentes investigadores que são péssimos professores? Porque não há-de o contrário ser verdade?
quinta-feira, janeiro 31, 2008
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4 comentários:
E porque é que um professor não pode ser excelente nas duas ou vice-versa?
RS:
Eu não disse que não podia. E imagino que os haja. O que me revolta é que se subjugue tudo à investigação, é que se promovam os professores pelo seu desempenho na investigação, como se fosse a única coisa que contasse.
E revolta-me pelos efeitos que essa política tem nos estudantes. Um ensino centrado nos estudantes implica uma avaliação dos professores com base nas suas competências pedagógicas e nos resultados atingidos pelos alunos (não estou a falar de notas), e não no número de papers que publicou.
A avaliação da qualidade pedagógica está a ser ponderada. Neste momento estão a discutir-se os critérios dessa mesma avaliação.
Imagino que sim, mas em que termos? E com que ligação aos estatutos de carreira docente?
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