terça-feira, junho 10, 2008

Short Guides for Learning and Teaching


O Centre for Bioscience acabou de editar uma série de pequenos guias sobre temas relacionados com o ensino e a aprendizagem.


Num estilo muito prático abordam-se questões importantes como o plágio ou a transição para o ensino superior.
No guia sobre prevenção do plágio, por exemplo, propõem-se 3 passos simples:
  1. reduzir o risco de plágio encorajando o "fazer" em vez de "copiar", alterando o formato de entrega (poster em vez de ensaio), requerendo aos estudantes que critiquem, planeiem, defendam e justifiquem em vez de descrever ou explicar;
  2. procurar evidências do trabalho feito, como rascunhos, cópias dos artigos consultados, registos de reuniões;
  3. recolhendo evidências de autenticidade organizando breves provas orais, estabelecendo uma tarefa posterior de verificação de conhecimentos ou de métodos e incluindo avaliação pelos pares.

sexta-feira, junho 06, 2008

Desacordo ortográfico






Eu já assinei a petição. Só não tenho a t-shirt...

quinta-feira, junho 05, 2008

A geração Google e a leitura

"Does the Google generation, which has grown up with a deluge of data just clicks away, lack the independence of thought and critical rigour needed for higher study?" pergunta Matthew Reisz, do Times Higher Education.



A resposta está no relatório CIBER, cujo sumário executivo vale a pena ler:
The findings of these studies raise questions about the ability of schools and colleges to develop the search capabilities of the Google Generation to a level appropriate to the demands of higher education and research.

sexta-feira, maio 02, 2008

Tutorias, ECTS, e horas lectivas



A questão da contagem de tempo de serviço lectivo é uma das áreas de Bolonha que está pouco esclarecida. Qual é a diferença formal entre 1h teórica e 1h de tutoria?

Concretizando:
  • se tenho uma turma de 20 alunos e a divido em 4 grupos de 5 para uma tutoria de uma hora, isso conta 4h de tempo de serviço- ou não?
  • se a tipologia de uma disciplina estabelece que terá 10h de tutoria isso significa o quê? Que cada aluno receberá 10h de tutoria, ou que o professor fará 10h de tutoria? A segunda hipótese, aplicada ao exemplo anterior, faria com que cada aluno recebesse apenas 2,5h de tutoria, uma vez que há 4 grupos.
Admitindo que os ECTS reflectem o tempo de trabalho de um estudante individual, às horas de tutoria deve aplicar-se o mesmo raciocínio. Nesse caso, muitas vezes será difícil calcular à partida, na distribuição do serviço docente, o tempo de trabalho correspondente para o docente, pois depende do tamanho da turma e do tamanho dos grupos. Por outro lado, se uma hora de tutoria que me é atribuída se pode multiplicar tantas vezes quantos os grupos a tutorar, é preciso moralizar o sistema, ou vamos acabar com tutorias individuais em todas as disciplinas. Ao fim e ao cabo, os estudantes até reclamam mais horas de contacto e ensino em pequenos grupos...

Como estará este problema a ser resolvido por aí?

sábado, abril 19, 2008

A minha filosofia de ensino

Já escrevi há algum tempo o meu juramento socrático. Praticamente copiei-o do de Aldemaro Romero, mais para me servir de inspiração e orientação do que como culminar de um processo de reflexão e maturação. Volto a ele de vez em quando, para me assegurar que se mantém lá, naquela franja subliminar onde as decisões são tomadas.

Decidi agora dar o passo seguinte: o de estabelecer uma filosofia de ensino. Ou melhor, a minha filosofia de ensino. Esse passo já mais gente deu, pelo menos no mundo anglo-saxónico, porque aparentemente é requerido nas candidaturas.

Uma filosofia de ensino pessoal é um conjunto de afirmações que devem reflectir o nosso posicionamento pessoal perante a tarefa de ensinar e perante as necessidades dos estudantes, da instituição e da sociedade. Lee Haugen sugere que se responda a 4 perguntas:
  • Para quê? Quais são os meus objectivos como professor?
  • Por que meios? Que métodos vou usar para atingir estes objectivos?
  • Até onde? Como avalio o grau de persecução dos meus objectivos?
  • Porquê? Porque estou nesta profissão?
Outros textos de apoio para esta tarefa são os de Helen Grundman, do TiPPS e da FTAD.

Vou só buscar uma folha de rascunho e volto já...

quinta-feira, abril 17, 2008

Online Tutoring


Somos seres sociais, e nada substitui o contacto inter-pessoal. Que mais não seja, assumir um compromisso perante uma pessoa (o professor, neste caso) é uma mais forte motivação para executar uma tarefa do que uma entrada na agenda.

Daí que mesmo em cursos à distância seja necessária alguma forma de tutoria para garantir o sucesso pedagógico e assegurar a componente pessoal da experiência.

Descobri hoje um Online Tutoring e-book que me parece estar bem organizado e ter um manancial de ideias a explorar. O facto de resultar de um workshop permite ter um cruzamento de experiências e perspectivas que é muito enriquecedor. A discussão sobre o construtivismo, no âmbito dos modelos de aprendizagem, é um exemplo disto.

Claro que muito do que é útil para a tutoria online o é igualmente para a tutoria tout-court. E eu prefiro claramente este conceito ao do ensino tradicional...

domingo, março 09, 2008

The danger in the academic world

"To my mind our danger [in the academic world] is exactly the same as that of the older system [the scholasticism of the late medieval period]. Unless we are carefull, we shall conventionalize knowledge. Our literary criticism will suppress initiative. Our historical criticism will conventionalize our our ideas of the springs of human conduct. Our scientific systems will suppress all understanding of the ways of the universe which fall outside of their abstractions. Our ways of testing will exclude all the youth whose ways of thought lie outside our conventions of learning. In such ways the universities, with their scheme of orthodoxies, will stiffle the progress of the race, unless in some fortunate stirrings of humanity they are in time remodeled or swept away."
Alfred North Whitehead
Essays in Science and Philosophy


domingo, fevereiro 24, 2008

Aforismos...

Informação não é conhecimento.


terça-feira, fevereiro 12, 2008

Hiperverbosidade obfuscatória

... ou, porquê a tendência de ligar o complicómetro?